Descobri um software para trabalhar com crianças autistas que partilho com todos para o desenvolvimento e bem-estar destas crianças.
Consiste numa série de jogos interactivos divididos em várias temáticas (transportes, cores, formas, emoções , entre outros) que permitem trabalhar a concentração, cooperação, vocabulário e literacia.
http://www.mousetrial.com/
Os jogos estão em Inglês, pelo que poderão ser usados pelos professores de línguas estrangeiras, como é o meu caso ;)
Fiquem a saber que tem pequena vantagem de se poder usar gratuitamente algumas vezes, mas após o excedente tem a desvantagem de ser necessário pagar para obter o Cd com os jogos.
Este blog destina-se à partilha de links, vídeos e outros recursos/saberes sobre educação.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
http://www.escoladaponte.com.pt/video.html
Fiquei muito feliz ao visionar o video da Escola da Ponte em Vila das Aves.
No meu ultimo ano de licenciatura em 2003/04 tive o prazer de poder realizar uma visita e observação de dois dias à Escola das Aves. Um modelo inovador de educação que desconheço igual.
O facto dos alunos poderem gerir o seu próprio currículo, haver um espaço de partilha,locais onde assinalam objectivos de aprendizagem, onde partilham duvidas e outras questões, permite aos aluno um maior poder de autonomia e crescimento individual imprescindível para a preparação do indivíduo na sociedade.
O conselho de turma é outro espaço essencial de partilha que deve ser valorizado pois a vida em grupo exige comunicação de ideais, respeito pelos outros, discussão para a chegada a um consenso comum.
Outro factor que considero muito importante é o conceito de professor- colega, que trabalham em conjunto evitando o isolamento e permitindo a partilha de saberes e o espírito de cooperação e equipa que cada vez mais vai desaparecendo nas nossas escola devido ao problemas sociais emergentes. Sem esquecer da importância do conceito "escola aberta" em relação à comunidade educativa, a participação de outros agentes educativos complementam a formação dos alunos e possibilitam a vivência de diversos saberes.
Eu trabalho numa escola modelo P3, com conceito de "escola aberta". Posso dizer que fiz os meus primeiros anos de escolaridades (1º ao 4º) exactamente nessa escola. Esse conceito de escola aberta tem-se vindo a perder fruto de modificações sociais que muitas vezes só são notórias para quem assiste e conhece o funcionamento ao longo do tempo.
Fiquei muito feliz ao visionar o video da Escola da Ponte em Vila das Aves.
No meu ultimo ano de licenciatura em 2003/04 tive o prazer de poder realizar uma visita e observação de dois dias à Escola das Aves. Um modelo inovador de educação que desconheço igual.
O facto dos alunos poderem gerir o seu próprio currículo, haver um espaço de partilha,locais onde assinalam objectivos de aprendizagem, onde partilham duvidas e outras questões, permite aos aluno um maior poder de autonomia e crescimento individual imprescindível para a preparação do indivíduo na sociedade.
O conselho de turma é outro espaço essencial de partilha que deve ser valorizado pois a vida em grupo exige comunicação de ideais, respeito pelos outros, discussão para a chegada a um consenso comum.
Outro factor que considero muito importante é o conceito de professor- colega, que trabalham em conjunto evitando o isolamento e permitindo a partilha de saberes e o espírito de cooperação e equipa que cada vez mais vai desaparecendo nas nossas escola devido ao problemas sociais emergentes. Sem esquecer da importância do conceito "escola aberta" em relação à comunidade educativa, a participação de outros agentes educativos complementam a formação dos alunos e possibilitam a vivência de diversos saberes.
Eu trabalho numa escola modelo P3, com conceito de "escola aberta". Posso dizer que fiz os meus primeiros anos de escolaridades (1º ao 4º) exactamente nessa escola. Esse conceito de escola aberta tem-se vindo a perder fruto de modificações sociais que muitas vezes só são notórias para quem assiste e conhece o funcionamento ao longo do tempo.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Deixo aqui o link de uma revista com artigos interessantes sobre tecnologias de informação e comunicação adaptadas a pessoas com NEE promovida pela entidades educativas competentes da Região Autónoma da Madeira.
A revista é de 2005 pelo que apresenta materiais relativamente recentes.
Aborda questões como o respeito pela diferença, a comunicação aumentativa e alternativa, digitalizadores de fala, programa GRID, IBM speech viewer, jogo adapatado a crianças com Trissomia 21 e deficiência mental, projetos de ensino à distância.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA)
O DDA ocorre como resultado de uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal. Quando pessoas que têm DDA tentam se concentrar, a atividade do córtex pré-frontal diminui, ao invés de aumentar (como nos sujeitos do grupo de controle de cérebros normais).
Indivíduos que sofrem de DDA apresentam geralmente os seguintes sintomas:
- falta de atenção
- distração;
- desorganização;
- problemas de controle de impulso.
Algumas pesquisas indicam que quanto mais os indivíduos com DDA tentam se concentrar, menor capacidade terão. A atividade no córtex pré-frontal (1.)"desliga", piorando a sua eficiência.
A fraca capacidade de concentração é um dos sintomas que identificam esse distúrbio. Tarefas morosas e prolongadas serão difíceis de se realizar, visto que tendem a dispersar.
Será útil e facilitador para trabalhar com crianças com DDA na sala de aulas se o professor tiver em consideração alguns aspetos:
- estimular o aluno com: sons, imagens grandes e coloridas;
- apresentar novidades;
- reduzir o tempo das atividades, variando o género de ou fazendo pequenas pausas;
- se possível trabalhar com o aluno em pequenos grupos (quanto mais colegas tiver maior foco de dispersão terá);
- colocar o aluno sentado na frente da sala com pouca informação ou material na sua mesa e nas paredes que o rodeiam
domingo, 27 de novembro de 2011
Partilho convosco uma nova ferramenta de trabalho que fiquei a conhecer recentemente numa aula de TIC.
O Boardmaker é um programa que permite ao professor criar atividades lúdico-pedagógicas consoante as necessidades individuais dos seus alunos. Este programa contém variados símbolos pictográficos para comunicação (SPC).
A prova de que a tecnologia bem usada poderá ser uma mais valia para docentes e alunos.
Este programa facilita a comunicação e poderá ser utilizado na sala de aula como um facilitador da expressão e
aprendizagem dos alunos.
Eis um exemplo de um alguns símbolos pictográficos disponíveis neste programa.
Autismo e pedagogia
Os autistas reagem melhor a sistemas padronizados e rotineiros.
Inicialmente,é indispensável o professor identificar as dificuldades dos seus alunos autistas. Entre tantas as mais comuns poderão referir-se à dificuldade de compreensão da linguagem verbal; dificuldade de memorização sequencial; dificuldades de organização; dificuldade em aceitar novas rotinas ou tarefas; relações sociais limitadas.
Devido a todos estes e outros fatores, caso o docente se queira obter um melhor rendimento destas crianças terá de adotar uma série de estratégias que passam pela reorganização do espaço físico da sala de aula, programação de atividades específicas e adoção de diferentes métodos de ensino.
Podemos então afirmar que é necessário uma programação individual para trabalhar com autistas.
Aqui deixo um documento que considero interessante, um guia para o professor.
http://www.bced.gov.bc.ca/specialed/docs/autism.pdf
Os autistas reagem melhor a sistemas padronizados e rotineiros.
Inicialmente,é indispensável o professor identificar as dificuldades dos seus alunos autistas. Entre tantas as mais comuns poderão referir-se à dificuldade de compreensão da linguagem verbal; dificuldade de memorização sequencial; dificuldades de organização; dificuldade em aceitar novas rotinas ou tarefas; relações sociais limitadas.
Devido a todos estes e outros fatores, caso o docente se queira obter um melhor rendimento destas crianças terá de adotar uma série de estratégias que passam pela reorganização do espaço físico da sala de aula, programação de atividades específicas e adoção de diferentes métodos de ensino.
Podemos então afirmar que é necessário uma programação individual para trabalhar com autistas.
Aqui deixo um documento que considero interessante, um guia para o professor.
http://www.bced.gov.bc.ca/specialed/docs/autism.pdf
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Este vídeo apresenta-nos uma escola com mais de 600 alunos portadores de deficiências motoras e cognitivas em que "cada caso é um caso", havendo uma enorme variedade de especificidades fazendo com que cada programa educacional seja "único".
Aqui podemos ter uma pequena perspectiva de alguns dos recursos tecnológicos existentes para trabalhar com crianças com necessidades educativas especiais.
Eis alguns dos programas que podemos ver e conhecer algumas das suas funcionalidades:
Aqui podemos ter uma pequena perspectiva de alguns dos recursos tecnológicos existentes para trabalhar com crianças com necessidades educativas especiais.
Eis alguns dos programas que podemos ver e conhecer algumas das suas funcionalidades:
- Raz - kids reading (programa com livros separados em diferentes níveis, passíveis de serem ouvidos e com parte interpretativa, geralmente em escolha múltipla);
- On-screen keyboard (teclado no ecrã com ratos adaptado para deficiências motoras);
- Enlargic the cursor (aumento do tamanho do cursor);
- Text to speech ( introdução de um texto que depois torna-se audível);
- Webspiration concept mapping (ferramenta que permite aos alunos expressarem as suas ideias, permitem a criação/expressão da criatividade, tendo como base o uso de imagens);
- Interactive white board (quadro interativo para realização de exercícios usando o tato).
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Dislexia
Muitos são os estudiosos que tentaram ao longo dos anos definir o conceito de Dislexia. Recentes estudos nas áreas da educação e saúde permitem que se afirmem algumas questões base deste conceito.
- tem base neurológica;
- as pessoas com dislexia possuem o hemisfério cerebral lateral-direito mais desenvolvido do que os leitores regulares
Actualmente a definição mais consensual é a da Associação Internacional de Dislexia (2002) e do National Institute of Child Health and Human Development - NICHD:
“Dyslexia is a specific learning disability that is neurological in origin. It is characterized by difficulties with accurate and / or fluent word recognition and by poor spelling and decoding abilities. These difficulties typically result from a deficit in the phonological component of languagethat is often unexpected in relation to other cognitive abilities and the provision of effective classroom instruction. Secondary consequences may include problems in reading comprehension and reduced reading experience that can impede growth of vocabulary and background knowledge.... Studies show that individuals with dyslexia process information in a different area of the brainthan do non-dyslexics.”
A dislexia reflete-se na dificuldade da aprendizagem da escrita e leitura, refletindo-se na dificuldade de expressão e comunicação.
Relativamente a sinais para despiste da Dislexia poderão ser bastantes. Alguns poderão ser mesmo identificados na primeira infância, apesar de muitos especialistas considerarem demasiado precoce, preferindo apenas sinalizar estas questões após a aprendizagem da escrita (1 a 2 anos após o início).
Pode-se então considerar sinal de alerta na idade escolar:
Lentidão na aprendizagem e automatização dos processos da leitura e escrita.
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Dificuldade em compreender que as palavras se podem segmentar em sílabas e fonemas.
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A velocidade da leitura é significativamente abaixo do esperado para a idade: muitas vezes silábica e por soletração.
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Bastantes dificuldades na leitura, com falhas nos processos de descodificação grafema-fonema e/ou na leitura automática de palavras.
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Erros ortográficos, com trocas fonológicas e/ou lexicais.
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Lacunas acentuadas na organização das ideias no texto e construção frásica.
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Decreto lei nº. 3/2008
Este é o decreto que define os apoios que as instituições escolares deverão prestar para adequar o processo educativo às crianças com Nee.
Penso que todos nós deveríamos ler e refletir com a devida atenção este decreto que se refere à Inclusão dos alunos com Nee.
Vejamos o artigo nº. 2 em que se afirma o direito de acesso à educação e igualdade dos alunos com NEE.
2 — Nos termos do disposto no número anterior, as escolas ou os agrupamentos de escolas, os estabelecimentos de ensino particular (...), não podem rejeitar a matrícula ou a inscrição de qualquer criança ou jovem com base na incapacidade ou nas necessidades educativas especiais que manifestem.
3 — As crianças e jovens com necessidades educativas especiais de carácter permanente gozam de prioridade na matrícula (...).
4 — As crianças e os jovens com necessidades educativas especiais de carácter permanente têm direito ao
reconhecimento da sua singularidade e à oferta de respostas educativas adequadas.
Agora façamos um leitura atenta relativa ao artigo 4º
1 — As escolas devem incluir nos seus projectos educativos as adequações relativas ao processo de ensino e de aprendizagem, de carácter organizativo e de funcionamento, necessárias para responder adequadamente às necessidades educativas especiais de carácter permanente das crianças e jovens, com vista a assegurar a sua maior participação nas actividades de cada grupo ou turma e da comunidade escolar em geral.
2 — Para garantir (...), são criadas por despacho ministerial:
a) Escolas de referência para a educação bilingue de alunos surdos;
b) Escolas de referência para a educação de alunos cegos e com baixa visão.
3 — Para apoiar a adequação do processo de ensino e aprendizagem podem as escolas ou agrupamentos de escolas desenvolver respostas específicas diferenciadas para alunos com perturbações do espectro do autismo e com multideficiência (...)
4 — As respostas referidas nas alíneas a) e b) do número anterior são propostas por deliberação do conselho executivo, ouvido o conselho pedagógico, quando numa escola ou grupos de escolas limítrofes, o número de alunos o justificar e quando a natureza das respostas, dos equipamentos específicos e das especializações profissionais, justifiquem a sua concentração.
Afinal, a inclusão é realmente um direito a todos? Qual será o nº de alunos que justificará a criação daqueles processos de adequação? Então se as Escolas têm de aceitar estas crianças, não deverá esta ser a 1ª a procurar incluir estes alunos, a fornecer-lhes condições para que estes se tornem autónomos promovendo o acesso à educação, desenvolvimento social e emocional destes alunos? Fala-se em autismo, multideficiência, educação bilingue entre outros, e "onde" ficam as necessidades educativas como disgrafia e outros problemas de aprendizagem?
Penso que todos nós deveríamos ler e refletir com a devida atenção este decreto que se refere à Inclusão dos alunos com Nee.
Vejamos o artigo nº. 2 em que se afirma o direito de acesso à educação e igualdade dos alunos com NEE.
2 — Nos termos do disposto no número anterior, as escolas ou os agrupamentos de escolas, os estabelecimentos de ensino particular (...), não podem rejeitar a matrícula ou a inscrição de qualquer criança ou jovem com base na incapacidade ou nas necessidades educativas especiais que manifestem.
3 — As crianças e jovens com necessidades educativas especiais de carácter permanente gozam de prioridade na matrícula (...).
4 — As crianças e os jovens com necessidades educativas especiais de carácter permanente têm direito ao
reconhecimento da sua singularidade e à oferta de respostas educativas adequadas.
Agora façamos um leitura atenta relativa ao artigo 4º
1 — As escolas devem incluir nos seus projectos educativos as adequações relativas ao processo de ensino e de aprendizagem, de carácter organizativo e de funcionamento, necessárias para responder adequadamente às necessidades educativas especiais de carácter permanente das crianças e jovens, com vista a assegurar a sua maior participação nas actividades de cada grupo ou turma e da comunidade escolar em geral.
2 — Para garantir (...), são criadas por despacho ministerial:
a) Escolas de referência para a educação bilingue de alunos surdos;
b) Escolas de referência para a educação de alunos cegos e com baixa visão.
3 — Para apoiar a adequação do processo de ensino e aprendizagem podem as escolas ou agrupamentos de escolas desenvolver respostas específicas diferenciadas para alunos com perturbações do espectro do autismo e com multideficiência (...)
4 — As respostas referidas nas alíneas a) e b) do número anterior são propostas por deliberação do conselho executivo, ouvido o conselho pedagógico, quando numa escola ou grupos de escolas limítrofes, o número de alunos o justificar e quando a natureza das respostas, dos equipamentos específicos e das especializações profissionais, justifiquem a sua concentração.
Afinal, a inclusão é realmente um direito a todos? Qual será o nº de alunos que justificará a criação daqueles processos de adequação? Então se as Escolas têm de aceitar estas crianças, não deverá esta ser a 1ª a procurar incluir estes alunos, a fornecer-lhes condições para que estes se tornem autónomos promovendo o acesso à educação, desenvolvimento social e emocional destes alunos? Fala-se em autismo, multideficiência, educação bilingue entre outros, e "onde" ficam as necessidades educativas como disgrafia e outros problemas de aprendizagem?
domingo, 6 de novembro de 2011
Todos os profissionais de ensino para serem bem sucedidos devem amar o que fazem. Certamente que não é qualquer pessoa que tem o perfil indicado para trabalhar com crianças com necessidades educativas especiais. Este video demonstra que não basta apenas ser um professor qualificado. É de extrema importância uma pesquisa constante para uma adaptação às necessidades individuais de cada aluno,muita paciência e capacidade comunicativa.
O uso das novas tecnologias e contacto com os familiares certamente favorecerão o desenvolvimento destas crianças.
Certamente um desafio fantástico!
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